Olá Narciso, muito bom dia Não meu bom amigo, a minha saída dos grupos de poesia,
Nada tem a ver com algum mal ostensivamente a mim dirigido, por parte de quem seja, embora o Mal seja uma questão de fundo, ante a falta de responsabilização de quem escreve, pois está-se a Cair numa banalização, em troco de um acomodatício ou do politicamente correcto, quando não Falando também de egos, constantemente em busca de alimento, e eu não quero elogio, é Agradável, mais se daí podemos partir para um aprofundar de qualquer coisa de produzível, extra Eu E o meu pequeno mundo, circunscrito aos meus prazeres momentâneos, também porque é um meio De chegarmos à nossa janela e cumprimentarmos os vizinhos e nossos amigos, mas isso não me Basta, a ninguém devia bastar, diga-se
E já nem vou aqui falar de guerras verbais, entre uns e outros, num circulo vicioso, que mais não são De que uma forma encontrada, por parte de quem as produz e incita, para seguirem conseguindo Produzir alguma coisa de jeito, como numa Musa de virilhas esverdeadas, que só se alimentasse da Bílis do que é podre e pobre de espírito .
Bom e depois temos os convencidos, mas desses não reza a história e as possíveis glórias Alcançadas, são fogo-fátuo, como numa ejaculação precoce, e vão de mãos dadas um e outro, Normalmente um com outra, a darem-se laivos de intelectualidades, adquiridas num qualquer Compendio Universitário "Viver depressa, morrer jovem, deixando um belo cadáver atrás de Si" Já dizia James Dean A comparação não tem decalque, mas a essência é a mesma.
Que me diz a mim concursos, ou a quem lá fora é violentado absolutamente nada!
Que me diz a mim Cirandas e outras que tais nada!
Sendo porém esta uma forma de manter uma certa estabilidade emocional e pacifica, entre os que Assim escrevem, ou o que escreve.
Mas também, por outro lado, voltando ao requisito que acima comecei por considerar, quanto há de Cada um, posto em favor dos que precisam, nesta forma de fazer poesia, considerando para além Disso que as automatizações, retiram qualquer possível firmeza de traço?
Tendo por base um altruísmo benigno, e todo o bem querer e cuidado, dos que encontram nesta Forma, de fazer poesia, um meio de passar adiante as suas perspectivas, para algo de melhor, do Que até agora o Mundo nos vai oferecendo, não deixam as Cirandas de ser uma nova banalização e Desresponsabilização da poesia, logo dos seus Autores, para não dizer que se está romanceando a Realidade, tratando-a de maneira simplista, encontrado ainda aí, no «grupo», os Autores de Cirandas, a falsa sensação de estarem cumprindo um dever cívico, como num partido politico, onde Só ganha quem propagandeia o discurso, nunca a plebe.
Para combater temos a voz; para ganhar esse combate, temos a poesia «Individual»,onde cada Autor/Poeta é um mundo e uma divergência, e é no apanhado desse trabalho em Conjunto, eu aqui, Tu aí, que se vão achando as medicinas, com que tratar a maleita das nossas Sociedades
Não é verdade que quem sofre de isolamento, à custa de umas quantas condições separatistas, Impostas por parte do estabelecido, como conduta a seguir, é também ele um ser a sós, com as suas Particularidades, e que a luta trava-a sozinho, por não ter quem lhe deite mão, ou dê-lhe voz? Então Como vou eu percebe-lo, se o julgo da mesma forma com que a sociedade o faz, olhando para a sua «humanidade», não para o seu «humano trato»?
Jorge Humberto
(13/01/2004)